Joaquim Cardoso de Araújo nasceu na fazenda Mangues, município de Salgado, em 15 de março de 1903. Era o quinto filho de José Conrado de Araújo e Maria da Glória Macedo. Foi alfabetizado numa escolinha próxima a fazenda e iniciou o ginásio em regime de internato no Colégio Tobias Barreto em Aracaju, mas retornou a fazenda paterna sem concluir o curso.
Casou-se com Enedina Silveira Fontes aos 27 anos e passou a residir na fazenda Salobro, propriedade do seu sogro. O casal teve quatro filhos: Maria de Lurdes, José, Tereza e Luzia. Com a partilha dos bens deixados por seu falecido pai, organizou a sua própria fazenda, chamada São Joaquim.
Influenciado por seus irmãos Francisco e Conrado, militantes do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) candidatou-se a prefeito de Salgado, vencendo a eleição em 1954. Administrou a cidade de Janeiro de 1955 a Janeiro de 1959. Quando seu irmão caçula, Conrado de Araújo era prefeito de Aracaju em 1960, Joaquim vendeu a sua propriedade e adquiriu o Sítio “Oco do Pau” nas proximidades da capital onde hoje localiza-se o Bairro Rosa Elze. Era um homem calmo, calado e sem ambições políticas ou materiais. Gostava de ler jornais e literatura voltada para a paz do espírito e otimismo. Sua maior paixão eram os livros de cordel. Segundo a sua filha Tereza de Araújo, Joaquim tinha sempre uma frase de otimismo ante os percalços da vida. Uma das frases que mais citava era “se Deus é por nós, quem será contra nós?” Faleceu em 18 de janeiro de 1962 no Hospital de Cirurgia, vitimado por uma crise hepática crônica. Seu irmão Conrado, que lhe estimava muito, rendeu-lhe homenagem póstuma, denominando uma das escolas municipais de Aracaju com o seu nome.