A EMEF João Teles de Menezes foi criada em 06/06/86 através do Ato de Criação n° 076/86/PMA, tendo sido autorizado através da Resolução 189/88/CEE e reconhecido pela Resolução n° 021/95/CONMEA. Segundo a pesquisa feita no PPP(Plano Político Pedagógico), a escola recebeu esta denominação em homenagem ao ilustre Major João Teles de Menezes, tendo surgido através de pedidos da comunidade ao poder Público.
João Teles de Menezes nasceu em Laranjeiras, em 14 de junho de 1903, filho de José Hermenegildo Teles de Menezes e de Clotildes Menezes (professora Santinha).
Estudou o primário com a mãe e concluiu na escola da professora Possidônia Bragança. Na adolescência foi tropeiro e mascate. Em 1922, já no exército, casou com Heronita Nascimento Teles, e tiveram oito filhos: Eurípedes, Etodéa, Hermínia, José, Juarez, João Alberto, Clotildes e Eraldo. Serviu o exército em Natal, RN. Admirador de Luiz Carlos Prestes, participou do Movimento Tenentista e da Intentona Comunista de 1935, permanecendo ligado à causa até a morte.
Em 1952, o Governo Vargas iniciou uma caçada nacional aos militares considerados subversivos, a pedido da CIA, onde foram realizadas mais de mil prisões pelo no Brasil. A caçada chegou a Sergipe entre os dias 16 e 17 agosto de 1952. A polícia do exército prendeu alguns militares considerados subversivos em Aracaju, entre eles os Majores João Teles de Menezes e Humberto de Andrade; e os sargentos Manuel Messias dos Santos, João Alves Santana, Antônio Rodrigues da Silva, presidente da Casa dos Sargentos. Os presos foram levados para a sede da Capitania dos Portos, onde foram submetidos a torturas cruéis. Poucos dias depois, nove presos (entre eles o Major João Teles) foram colocados num avião, com o destino ignorado.
O Major João Teles de Menezes, passou um tempo sem que a família soubesse o seu paradeiro, não se sabia nem se ele estava vivo. Dona Honorita procurou o famoso advogado Evandro Cartaxo de Sá, defensor de presos políticos, e finalmente, em novembro de 1953, o Superior Tribunal Militar libertou o Major João Teles de Menezes, preso injustamente. Ele faleceu em 24 de fevereiro de 1981.
